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segunda-feira, 5 de março de 2012

Estudar vários idiomas é saudável para as crianças?

Postado por Andréa Castrillo às 12:57
Cada vez mais a língua inglesa é ensinada mais cedo nas escolas de educação infantil. Algumas chegam a incluir outras línguas, alimentando o sonho dos pais de fazer com que seu filho se torne um adulto poliglota.




Mas, até que ponto, estudar vários idiomas é saudável para as crianças, sem que prejudique seu desempenho em nossa língua materna, o português?
Segundo a professora de língua inglesa da rede Anglo de ensino e doutora em linguística aplicada, Sirlene Aparecida Aarão, o cérebro da criança absorve com muito mais facilidade o aprendizado em línguas do que o adulto e isto não necessariamente irá prejudicar seu rendimento em outras matérias. "A criança consegue aprender melhor porque não tem a mesma timidez que os adultos, e não tem medo de se arriscar a pronunciar errado uma palavra", explica.
Contudo, colocar a criança em vários idiomas na expectativa de que o filho se torne um pequeno gênio é risco e muitas vezes um erro. "Conforme a China se estabelecia como uma das grandes potencias do mundo, criou-se uma modinha de matricular os filhos em cursos de Mandarim, por exemplo. Qual foi o sentido disto? O Mandarim é uma língua muito difícil e se a criança não tem nenhuma ligação específica com ele, como um pai ou mãe chinês, por exemplo, provavelmente não se interessará em aprender, pois qual é o sentido de saber uma língua como esta?", questiona.
Segundo Sirlene, o inglês é sempre o mais procurado por um motivo simples: está presente no cotidiano da pessoa. E é importante que aquele idioma tenha um contexto na vida de quem está aprendendo. Os adultos aprendem por uma questão de trabalho, mas as crianças irão aprender porque? Porque está presente em seus videogames, está na internet, está na música que elas ouvem. Isso faz com que a língua se torne interessante para ela.

Se houver um outro idioma que fará sentido no cotidiano da criança, Sirlene não vê problema nenhum em ela estudar. "Só é preciso levar em consideração a vontade do filho. Não existe fórmula certa, como, estude dois idiomas no mínimo. Cada família vive em um contexto diferente, cabe aos pais avaliar se aquela língua será válida e o filho desejar aprender", afirma.
Por Mariana Benjamim (site: vilamulher.terra.com.br)

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