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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Como enfrentar uma crise financeira sem perder a autoestima

Postado por Andréa Castrillo às 17:35 0 comentários

Dicas para você vencer os desafios em momentos financeiros difíceis


Mulher com calculadora
Foto: Getty Images

Como se manter sã em períodos insanos? O mundo do trabalho e das finanças passa por turbulências, mas é possível enfrentar e vencer desafios mesmo em meio à maré baixa. Veja algumas dicas:

Planejamento
Faça um orçamento mensal, anote as despesas diárias, planeje as compras e chame a família: é fundamental ter o apoio de marido e filhos para controlar gastos domésticos.

Economia
Troque o consumo de produtos importados por nacionais. Se fizer questão, compre no free shop ou na liquidação. Identifique ainda suas motivações psicológicas (ir ao cabeleireiro ou a restaurantes etc.) e torne-as eventuais em vez de semanais. E elimine as compras por impulso.

Cultura
Se possível, evite cortar cursos. Encare a educação como um investimento que fará diferença no seu futuro ou no dos seus filhos. Eliminar o lazer também compromete o astral. Vale a pena pesquisar alternativas econômicas ou gratuitas.

Otimismo
Não duvide de sua capacidade e rompa com o mito de que reconhecimento está ligado a dinheiro. Uma mulher otimista não se humilha porque acredita no sucesso e persevera.

Nada de isolamento
Fuja da solidão. Procure pessoas de confiança ou até mesmo profissionais para compartilhar problemas ou fazer planos reais para o futuro.

Evite dívidas
Esqueça os financiamentos de longo prazo. Em tempos instáveis, ninguém sabe se poderá honrar devidamente suas prestações.

Para garantir um bom futuro aos filhos, alguns pais exageram nas atividades e educações. Veja como isto afeta o cotidiano das crianças

Postado por Andréa Castrillo às 17:26 0 comentários


As crianças de hoje são mais inteligentes do que as das gerações passadas?

Avó e neto
Sem perceber, os pais exageram no didatismo, querendo ensinar, desde muito cedo, a razão das coisas para um bebê que quer fazer o óbvio
Foto: Getty Images
Há anos o psiquiatra João Augusto Figueiró faz as mesmas perguntas para mães de bebês: seu filho é bonito? É inteligente? Você o acha precoce? Todas as respostas são sempre positivas - 100% das mães têm filhos bonitos, inteligentes e precoces. Mas será que essa última palavra é realmente a correta para definir o bebê? Precoce é algo ou alguém que amadurece mais cedo do que os padrões, que está à frente de seus pares. Assim, quando se fala em uma criança precoce, aposta-se que ela está além das demais, que tem maior capacidade de aprendizagem e desenvolvimento do que as outras. Embora a pesquisa de Figueiró não tenha base científica, imagine como o mundo seria se todas as crianças fossem precoces como pensam seus pais. Talvez estivéssemos cercados de minigênios, que, de tão inteligentes e avançados, estariam fazendo muito mais do que compor sua primeira sinfonia aos 7 anos (como aconteceu com Mozart, um gênio - de verdade - da música clássica). Mas é claro que a realidade não é essa.

Esses bebês, afirma o psiquiatra, não são precoces. São tão normais quanto uma criança que nasceu há 40 anos. O que mudou é o cenário. De um lado, há o excesso de informação circulante, aumentando o estímulo ao aprendizado, e do outro lado, a pressão social, que pede seres humanos cada vez mais antenados e preparados. Entre tudo isso e o bebê, estão as figuras do pai e da mãe, responsáveis por criar e cuidar desse ser humano, preparando-o para se dar bem. Nesse ponto, a porca entorta o rabo porque os pais vêm seus filhos com as lentes que escolhem, geralmente moldadas pelo futuro que planejam para os rebentos. Entre enxergar o bebê como um ser normal ou como um pequeno Einstein, o limite é tênue. Tão tênue que gera confusão no período mais importante do desenvolvimento humano: a primeira infância, que vai até os 6 anos.

Descobrir o mundo
Sem perceber, os pais exageram no didatismo, querendo ensinar, desde muito cedo, a razão das coisas para um bebê que quer fazer o óbvio: brincar, descobrir, interagir. Mas, na ânsia de atender à demanda social de preparar os fi lhos para serem competentes na idade adulta, muita gente não enxerga que um bebê de quase 2 anos não é superinteligente só porque tem desenvoltura com o mouse do computador. Ele apenas já sabe manusear um eletrodoméstico de uso comum da família. "A criança nasce dentro de um cenário doméstico e absorve infl uências dos pais. Quando se pensa no desenvolvimento infantil, é preciso levar em conta o caldo cultural e social que a cerca", afi rma a pedagoga Maria Letícia Nascimento.
Outro ponto é entender que a criança tem competência inata, herdada e genética, o que dá condição para ela se desenvolver. "A competência começa ainda na gestação, quando a mãe, bem-cuidada, gera um bebê saudável e continua esse processo com a criança após o nascimento", explica a terapeuta Irene Maluf. A competência, diz ela, é imensurável, enquanto o desempenho para desenvolver uma tarefa é mensurável, aprendido ao longo do tempo. "Até os 6 anos, os pais devem investir na competência natural, sem se preocupar se a criança terá ou não um bom desempenho", afirma. Então, nessa fase, a ideia é deixar o pimpolho descobrir o mundo, sem precisar se sair bem em tudo
"A primeira infância é um período lúdico, de descobertas. Não pode haver pressão para o sucesso nem cobrança", ai rma o neuropediatra Marcelo Masruha Rodrigues. Para o médico, os adultos deveriam se importar mais em criar filhos felizes, que brinquem bastante, do que investir em uma educação pesada antes dos 6 anos. Segundo ele, o conceito atual da criança que vai à escolinha e tem várias atividades extracurriculares não é tão positivo quanto se imagina - com exceção do aprendizado de línguas. "Quem aprende duas línguas antes dos 5, 6 anos vai ser fluente em ambas e não terá sotaque. Após essa idade, a fluência é a mesma, embora a criança tenha sotaque." Mas criar um filho bilíngue pode ter efeitos reversos, como retardo da fala, dificuldade em formar frases e troca de palavras. "Os pais devem consultar o pediatra se acharem que o filho não as está articulando bem", diz o médico.

Antes de tudo, diversão

Brincar é altamente educativo. Por meio dessa atividade, pais e mães podem ensinar e aprender muito. Mas não devem criar expectativas. "Quando deixam as coisas acontecerem no seu tempo, os pais contêm a ansiedade em relação ao que esperam que a criança aprenda", afirma a professora de pedagogia Fernanda Muller. Durante a brincadeira, os pais, então relaxados, têm oportunidade de observar o que desperta o interesse dos filhos. "Nesse momento, devem aproveitar a brecha para estimular mais essa ou aquela aptidão", diz Maria Angela Barbato Coelho. Aí cabe comprar instrumentos musicais se o menino demonstra "jeito pra coisa".

Então, antes de planejar criar um exímio violinista, brinque com seu fi lho para despertar sua curiosidade e suas qualidades. Aproveite para ensinar conceitos como certo e errado, o lugar das coisas e como ser organizado, sem precisar ser didático e chato. "Os pais devem deixar a criança encontrar seu modo de ser e mostrar valores e regras de maneira discreta", diz a psicóloga Lidia Weber, partidária da ideia de que os filhos devem liderar a brincadeiras.
 

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